Em seu blog o professor José Carlos,nos fala com humor e propriedade sobre a Lousa Digital.Um excelente material para quem está começando a se familiarizar com ela na escola e ainda não se sente seguro com mais esse desafio tecnológico.Eu amei o conteúdo,por isso quero compartilhar com vocês.Boa leitura meus queridos!
A Lousa Digital Interativa chegou!
E agora?
Elas
estão chegando!
Há cerca de uma
década os professores se espantavam com a chegada dos computadores à escola.
Depois foi o projetor multimídia e a internet e mais recentemente os aparelhos
móveis (smartphones, tablets, netbooks e notebooks). Agora é a vez da lousa
digital interativa.
Elas estão aí. Não adianta tentar
fugir.
Muitas escolas já
possuem uma ou mais lousas digitais interativas. O ideal é que elas estivessem
presentes em todas as salas de aula, nos laboratórios, nas bibliotecas, nas
salas de reuniões e na sala dos professores. Mas, como o seu custo ainda é
elevado, essa implantação tende a ser vagarosa (como quase tudo na Educação).
Quando o professor
se vê diante da lousa digital interativa pela primeira vez é bem comum um certo
ar de espanto e indignação. Afinal, é espantoso que tenham inventado uma “lousa
digital” unindo o que há de mais antigo, a lousa, com o que há de mais moderno:
a tecnologia digital. E, por outro lado, parece absurdo que governos e escolas
invistam altas somas na aquisição de dispositivos digitais modernos e, ao mesmo
tempo, se recusem a investir mais e melhor na carreira do professor, na sua
formação inicial e continuada, na manutenção dos equipamentos que as escolas já
dispõem e no suporte técnico e pedagógico para o uso dessas novas tecnologias.
Seja lá qual for o
grau de espanto ou de indignação do professor, o fato concreto é que começa a
cair em seu colo “mais uma encrenca” (ou “possibilidade”, conforme a ótica com
que se vê a situação): como usar essa “coisa”, geralmente branca, sem muitos
botões e aparentemente “vazia”?
O objetivo desse
artigo é desmistificar esse apetrecho tecnológico de maneira que o professor
que sempre se desviou da lousa, ao passar por perto dela, possa agora
aproximar-se mais e utilizá-la, descobrindo alguns de seus possíveis usos.
O bicho não morde!
A primeira coisa a
saber sobre a lousa digital é que ela não morde, mas você pode até fazê-la
latir se você souber apertar os botões corretos.
Computador sem uso é computador
quebrado.
A lousa digital
interativa não
é um aparelho frágil a ponto de quebrar
se você tocar nela. Na verdade ela foi construída justamente para ser tocada.
Não existe o risco de você “estragá-la usando-a” (sobre esse tema, “estragar
usando”, veja um artigo meu de junho de 2008, “Quebrando computadores“, que tratava justamente da questão da falta de
uso dos computadores da sala de informática sob a alegação de que “usá-los os
quebrariam” e que, apesar de passada meia década, ainda continua sendo um
artigo atual para algumas escolas). E, por fim, por incrível que pareça, a
lousa digital interativa é mais fácil de lidar do que a lousa comum usada com o
giz ou com o pincel atômico.
Embora já exista no
mercado diversos modelos de lousas digitais com diferentes tecnologias, o
funcionamento básico de todas elas é muito parecido. Mais ou menos como são
parecidas as lousas tradicionais, que podem ser verdes, pretas, azuis, brancas,
de madeira, de “pedra”, etc., mas funcionam sempre da mesma forma e para o
mesmo propósito.
Em alguns modelos
você pode interagir com a lousa usando os próprios dedos, em outros usa-se uma
caneta especial e, em outros ainda, pode-se usar qualquer objeto. Há lousas de
diversos tamanhos, mas normalmente elas têm mais de 70 polegadas (na diagonal).
Cada tipo/marca/fabricante de lousa costuma ter um ou mais softwares que
facilitam o seu uso, mas todos esses softwares de controle também são parecidos
em suas funcionalidades.
Traduzindo para um
bom português: quem já viu uma, já viu todas.
Como funciona?
As lousas digitais
mais comumente encontradas nas escolas são ligadas a um computador (por cabo ou
via wirelles) e a um projetor multimídia (o velho “datashow”). Na verdade a
lousa digital pode ser entendida como esse conjunto de três componentes: a
lousa propriamente dita, um computador e um projetor multimídia. Algumas lousas
já estão incorporando o computador em seu próprio corpo, mas todas elas
precisam de um computador para funcionar.
A lousa digital interativa é na
verdade um conjunto de três elementos: lousa, projetor e computador.
E é justamente aí
que está o “pulo do gato”: a lousa, em si, não faz nada, quem realmente
“trabalha” o tempo todo é o computador. Assim, para efeitos comparativos, a
lousa nada mais é do que um “monitor + mouse + teclado” que serve para você se
comunicar com o computador exatamente da mesma forma como faria usando esses
três elementos em um desktop ordinário.
Outra comparação
interessante pode ser feita com os smartphones. Se você já manuseou um
smartphone com tela full
touch (aquela de tocar e mover ícones com
os dedos na tela), então você já usou uma lousa digital em miniatura.
De qualquer forma,
como você pode ver pelos exemplos acima, a lousa digital pode ser usada com um
esforço de aprendizagem muito pequeno por todos aqueles que já usam normalmente
um computador ou um smartphone. No caso da lousa digital, o mouse é seu dedo ou
a caneta especial (quando a lousa usa uma dessas) e o teclado é virtual, como
nos smartphones.
Você pode fazer na
lousa digital tudo aquilo que já faz no computador (e mais ainda!). Tudo aquilo
que você fizer na lousa aparecerá na tela do computador (se ele estiver ligado
a um monitor) e todos os programas do computador podem ser executados a partir
da lousa. Bom, mas se é assim, então qual é a vantagem da lousa digital? Porque
simplesmente não usamos um computador acoplado a um projetor multimídia?
A grande vantagem
da lousa digital é justamente o fato de ela ser uma “lousa”! Dessa forma você
pode escrever nela, fazer anotações sobre imagens projetadas, executar e mostrar
filmes, músicas e animações ou simulações e, principalmente, interagir com a
lousa como interage com seu computador, mas sem precisar ir até o computador
para fazer isso.
Ter uma lousa
digital na sua casa não seria nada vantajoso porque na sua casa você usa o
computador para si mesmo. A lousa digital é para ser usada para, e com, os seus
alunos, então, ela só é uma ferramenta
vantajosa em situação de aula.
Para que serve?
A lousa digital serve para facilitar
o trabalhado do professor, permitindo que ele faça melhor aquilo que já faz com
uma lousa comum e estendendo esse uso de forma a incorporar mais facilmente as
TIC, o uso da internet e de novas práticas pedagógicas mais interativas,
eficazes e atraentes para os alunos.
Para o aluno a
lousa digital também pode ser muito vantajosa, dependendo do uso que o
professor fizer dela. A lousa digital não serve para transformar uma aula
chata em uma aula atraente, ela não faz com que um professor “ruim” fique
“bom”, ela não transforma o livro, o laboratório e outros materiais didáticos
de apoio em “coisas obsoletas” e não melhora a qualidade da educação por si
mesma. A qualidade do professor é fundamental para uma boa aula e, portanto, a
única coisa que uma lousa digital pode fazer pela educação é dar ao bom professor
mais ferramentas para que ele se torne ainda melhor.
Nada é capaz de “salvar” uma aula
chata.
Por isso, antes de
pensar em como você vai usar uma lousa digital interativa, é bom pensar em como
você já usa a sua lousa tradicional, com giz. No artigo “Uso
pedagógico do giz (do giz???)”
você encontrará alguns elementos para refletir sobre o uso de lousas
“analógicas”.
Há, literalmente,
infinitas possibilidades de uso da lousa digital interativa, mas para quem
nunca experimentou uma delas, aqui vão algumas (poucas) sugestões por onde se
pode começar:
Escreva nela! Sim,
escreva. A lousa digital também serve para escrita, seja com letra cursiva ou
como texto digitado por meio do teclado virtual ou do teclado físico acoplado
ao computador. Na lousa digital você pode escrever da mesma forma como faria em
uma lousa comum, usando giz. E qual é a vantagem disso? São várias:
·
você dispõe de ferramentas de apoio à
escrita, como a possibilidade de desenhar figuras geométricas, linhas, setas,
etc. de forma perfeita;
·
alguns softwares usados em lousas
digitais transformam sua letra manuscrita em caracteres de uma fonte que você
escolher, como essa fonte que foi usada para escrever esse texto, tornando
assim a sua letra “mais legível” e “mais bonita”;
·
junto com seu texto e seus esquemas
você pode adicionar elementos que não poderia em uma lousa comum (sem uma boa
dose de sacrifício), como fotos, esquemas, ilustrações e até mesmo músicas e
filmes;
·
e agora vem a melhor parte: você não
se lambuza de giz e pode apagar sua lousa toda (ou qualquer parte dela) com um
único “clique”. Não é fantástico?
Nem sempre é preciso escrever nela.
Traga suas lousas prontas para a aula! Sim, é muito fácil! Aquela aula que você preparou
em casa com tanto carinho, mas que teve que “copiar novamente” na sala ou, pior
ainda, repetir a mesma lousa em várias salas para várias turmas, pode agora ser
trazida pronta de casa sem que você tenha que despender tempo e esforço
copiando-a várias vezes.
·
As lousas digitais interativas
geralmente vêm acompanhadas de softwares que o professor pode usar em sua casa
ou em outros computadores da escola, durante seu tempo de preparação de aulas,
que permitem que a lousa seja toda “montada” antes do professor entrar na sala;
·
a aula “pré-montada” pode ser
alterada durante a aula real. Lembre-se que você pode escrever, apagar,
modificar, acrescentar ou fazer o que bem entender durante a aula e ainda pode
“salvar e gravar” a aula modificada como uma nova versão (as vezes pode ser
interessante ter diversas versões para diversas salas, já que as aulas “reais”
raramente são idênticas em salas diferentes);
·
preparando antecipadamente a aula
(como deve ser, com ou sem lousa digital), e trazendo a lousa pronta para a
sala (essa é a novidade!), você certamente terá mais tempo para explorar e
acrescentar recursos multimídia, como imagens, clipes, simulações, etc, no
próprio espaço de tempo da aula. Além disso, as aulas podem sempre ser
“reaproveitadas” em outras salas, em outros anos ou em outros cursos. Com o
tempo você pode construir seu próprio material didático multimídia com recursos
exclusivos e com a facilidade de poder modificá-lo, ano a ano;
·
assim como você, outras pessoas
também prepararão e trarão aulas prontas para a sala de aula e, usando as redes
sociais, os repositórios de recursos educacionais abertos, etc., você poderá
compartilhar e utilizar aulas, ou trechos de aulas, preparadas por outros
professores, otimizando ainda mais o seu tempo. A riqueza por trás dessas
possibilidades é gigantesca!
A lousa é deles!
Leve os alunos para a lousa! Sim,
eles gostam de ir para a lousa, principalmente se a lousa for digital!
Lembre-se que a interatividade da lousa digital não deve ser entendida apenas
como um recurso para o professor. Essa interatividade pode potencializar muitas
aprendizagens dos alunos e, portanto, é com os alunos que ela desempenha seu
principal papel como ferramenta de apoio ao ensino e à aprendizagem.
·
Os alunos podem usar a lousa de forma
individual, como o professor, ou em duplas, trios ou grupos ainda maiores. Para
o uso múltiplo e simultâneo é preciso que a lousa possua a tecnologia adequada
e um software de controle que permita o uso simultâneo por várias pessoas.
Nessas lousas os alunos podem trabalhar de forma cooperativa, participar de
jogos e outras atividades que podem ser feitas em grupo.
·
Nas lousas que não possuem esse
recurso de uso simultâneo é possível levar os alunos para diversas atividades,
como: escrever (em turmas de alfabetização, por exemplo), corrigir tarefas,
resolver problemas, interagir com simulações, apresentar
trabalhos, construir textos coletivos, etc.
·
Além daquilo que os alunos podem
fazer em uma lousa comum, a lousa digital adiciona recursos que só estão
disponíveis em um computador. Pense no que seus alunos poderiam fazer em um
computador comum para aprenderem o que você quer que eles aprendam e você terá
uma boa ideia do que eles podem fazer para aprender usando a lousa
digital.
Registre e compartilhe suas lousas com os alunos! Sim, eles vão amar poder prestar atenção às suas
explicações e depois receberem uma cópia das suas lousas ao invés de
despenderem um longo tempo e um grande esforço tentando copiar as suas lousas
e, ao mesmo tempo, prestar atenção no que você explica.
Novos paradigmas!
·
“Copiar a matéria da lousa” é tão
moderno quanto copiar à mão uma notícia do jornal para depois enviá-la pelo
correio normal para um amigo. Hoje em dia existem métodos muito mais eficientes
para se “copiar lousas”. Um deles é a simples “fotografia” da lousa. No
entanto, com uma lousa digital você mesmo pode “fotografar suas lousas”
(salvando-as como imagem no computador acoplado à lousa) e distribuí-las para
seus alunos publicando-as em uma galeria de imagens ou no seu blog. Sim,
tenha um blog!
·
Você pode registrar também as
atividades que os alunos fizerem na lousa, trabalhos apresentados nelas, etc.
Tudo o que for mostrado na lousa pode ser gravado, arquivado e distribuído.
·
Se você organizar essas lousas em um
blog ou em uma galeria de imagens, os alunos, os pais dos alunos e quaisquer
outros interessados poderão consultar as “anotações de aula” em qualquer tempo
e em qualquer lugar. Isso é incrível! Os alunos poderão rever os assuntos
estudados de forma mais organizada (como você os organizou!) e você terá suas
aulas devidamente documentadas.
·
Quando os alunos dispõem de
dispositivos móveis, como notebooks, é possível também compartilhar as lousas
diretamente nesses notebooks e vive-versa, ou seja, você pode “conferir a
tarefa do aluno” diretamente na sua lousa e ele pode “copiar sua lousa”
diretamente para o dispositivo dele.
Não dê aulinhas, dê um show! Sim,
é possível! E você não precisa ser um artista mais artista do que já é quando
tenta prender a atenção de alunos “elétricos e desatentos”. Basta um pouco de
“tempero” nas aulas.
Faça seu show! O professor é o
artista.
·
use e abuse dos recursos gráficos. Ao
invés de esquemas confusos, use mapas mentais (há softwares que ajudam nisso);
ao invés de desenhar gráficos sofríveis, faça-os em um software próprio e os
leve prontos (ou construa em tempo real, junto com os alunos).
·
inclua imagens (fotos, ilustrações,
etc.) nas suas aulas. Quando for falar de um personagem histórico, apresente
rapidamente sua foto e um trecho da sua biografia (que pode ser encontrado
facilmente na internet) e forneça o link para os alunos encontrarem o recurso.
É bastante provável que sua lousa digital esteja conectada à internet e, assim,
você poderá usar seus recursos diretamente a partir da lousa.
·
use trechos de filmes, clipes e
trechos de músicas. Lembre-se que você pode incluir qualquer recurso da
internet na sua “aula digital”. O YouTube e outras fontes (muitas!) podem
proporcionar imensas possibilidades de enriquecimento para praticamente
qualquer conteúdo, competência ou habilidade que você esteja trabalhando com os
alunos.
·
se sua escola não tem um laboratório
de ciências, ou o laboratório não possui muitos recursos, use softwares e
simuladores que permitam fazer as experiências “virtualmente”. Isso amplia
muito as possibilidades do uso de experimentação para a compreensão de
conceitos e fenômenos, além de reduzir bastante o custo dessas atividades.
Deixe os alunos trabalharem! Tem
um ditado que diz que “Quem
nunca comeu melado, quando come se lambuza!“.
Não se prenda à lousa (digital ou à lousa com giz), deixe os alunos trabalharem
individualmente e em grupos, inclusive na lousa.
·
Não é porque você tem agora uma lousa
digital que ela precisa ser usado o tempo todo. A lousa digital é muito legal,
mas a interação humana ainda é muito melhor. Use a lousa com responsabilidade,
criatividade e inteligência.
·
Quando planejar sua aula, pense como
o diretor de um filme de sucesso ou de uma peça teatral onde a platéia também
interaja. Faça um bom roteiro, quebre a monotonia, intercale suas ações com o
trabalho dos alunos. Não monopolize o cenário e nem o uso da lousa.
Tudo bem, mas por onde eu começo?
Nunca é tarde para começar.
Bom, “comece pelo
começo”: você já é um Professor
Digital? Se não for, não tem problema,
mas tenha em mente que será preciso se tornar um deles.
Tenho algumas
sugestões que poderão ajudá-lo a se tornar um Professor Digital e,
consequentemente, lhe permitirão um bom uso das lousas digitais interativas.
Elas podem não ser as melhores sugestões do mundo, e nem todas podem ser
adequadas para você, mas, se é para começar de algum ponto, experimente essas
dicas:
·
comece a usar o computador de forma
regular para digitar textos, fazer gráficos, navegar na internet, trocar
e-mails com colegas e parentes, participar de grupos de discussão e redes
sociais, ler revistas e jornais, enfim, para atividades que fazem parte do seu dia
a dia.
·
Visite blogs de outros professores e
veja o que eles estão fazendo, como usam a internet, que sugestões e dicas eles
dão para seus leitores, etc. Visite também sites ligados à Educação (da sua
rede escolar, do seu município, do seu estado, do governo federal, de outros
países) e procure por textos que falem sobre o uso pedagógico das TIC.
·
Entre na web 2.0; descubra ferramentas/sites de compartilhamento
(de textos, fotos, filmes, planos de aula, etc.). Descubra o Google, o YouTube,
o Facebook, o Twitter, o MySpaces, o Skype, etc., etc. E se você não sabe do
que estou falando, comece a digitar esses nomes na busca do Google, por
exemplo, e descubra do que se trata.
·
Entenda que os computadores e a
internet são seus aliados. Pergunte-se porque os alunos gostam tanto de
computadores e da internet e eles lhe dirão que “é muito divertido”. Sim, é
mesmo! Aprenda a se divertir também! Não se preocupe em se tornar
“imediatamente” um Professor Digital, comece se tornando um “usuário digital”.
·
Procure um “mentor” para lhe ajudar
nos primeiros passos. Você tem muitos amigos que sabem usar computadores e a
internet. Talvez tenha filhos e eles certamente sabem! Mesmo na sua escola
haverá outros professores que já sabem lidar com as TIC e poderão lhe ajudar
tirando dúvidas, dando sugestões e, principalmente, lhe mostrando que a
tecnologia é divertida, fácil de lidar e, além disso, poderá vir a ser uma
ferramenta incrível na sua profissão.
·
Não espere se sentir um expert em tecnologia e computadores para, só então,
experimentar a lousa digital. Use-a como parte das ferramentas de aprendizagem.
Ninguém sabe tudo e, na verdade, nós todos sabemos cada vez menos. Tecnologia
se aprende usando.
·
A escola também é um lugar para o
professor aprender. Para ser professor hoje em dia é preciso ser um eterno
aprendiz. Não podemos mais parar de aprender ou nos recusarmos a continuar
aprendendo. É isso que ensinamos aos nossos alunos e é isso que precisamos
fazer também.
·
Não desanime quando as coisas
parecerem não dar certo. Lembre-se de suas próprias aulas: quase sempre elas
não dão certo para todos os alunos. É errando que se aprende. Se você se
recusar a levantar logo depois dos primeiros tombos nunca vai aprender a
caminhar “em pé”. Faça com você mesmo aquilo que você gostaria que seus alunos
fizessem para aprender mais em suas aulas.
·
Não tenha vergonha de aprender com
seus alunos. É muito provável que eles sejam usuários mais proficientes das
novas tecnologias em geral e, possivelmente, da própria lousa digital, do que
você mesmo. Eles não tem o seu medo de errar e gostam de tentar até acertar.
Peça ajuda a eles sempre que precisar. Trabalhe em conjunto com eles. Deixe que
eles lhe ensinem o que sabem. Eles vão amar e você vai descobrir que nessa
jornada pelas TIC há atalhos que só eles conhecem.
·
Concentre sua energia e seus esforços
para preparar e executar boas aulas. A lousa digital e as demais tecnologias
disponíveis serão naturalmente incorporadas na sua prática na medida em que ela
mesma for se modificando. Isso não é imediato, mas é um movimento natural de
aprendizagem. Você, professor, tem poder de ver mais longe. Use a tecnologia
como uma luneta para seus próprios projetos de inovação.
Conclusão
As lousas digitais estão chegando e
provavelmente você se verá diante de uma delas um dia desses. Não fuja! Encare
porque o bicho é manso.
O coelho está aprendendo que é um
mamífero lagomorfo da família dos leporídeos (graças a ajuda da Wikipédia).
Coisa difícil de se fazer sem uma lousa digital. :)
Depois de algum tempo inserido no
mundo das TIC e, tendo usado uma lousa digital interativa, é bem provável que
você fique tentado a repetir uma frase que eu tenho ouvido de vários professores
ao longo de anos de formações que já dei em oficinas de uso das TIC: “Puxa,
como eu pude viver tanto tempo sem ter usado isso?!”.
Boa jornada!
Referências e sugestões na internet:
·
DOSTÁL, Jirí. Reflections on the Use of Interactive
Whiteboards in Instruction in International Context. The New Educational Review. 2011. Vol. 25. No. 3.
p. 205 – 220. ISSN 1732-6729. Disponível em: <http://goo.gl/30kc6>. Acesso em: 12/07/2012. – Artigo interessante
do prof. Jiri Dostál, da República do Cazaquistão.
·
The Interactive Whiteboards, Pedagogy and Pupil
Performance Evaluation: An Evaluation of the Schools Whiteboard Expansion
(SWE) Project: London Challenge. Disponível em: <http://goo.gl/gg6dt>. Acesso
em: 12/07/2012. – Pesquisa da School of Educational Foundations and Policy
Studies, Institute of Education, University of London.
·
Para saber um pouco mais sobre o que
é e como funciona a lousa digital, consulte esse artigo da
Wikipédia (em português) ou esse outro (em
inglês e com mais referências).
·
O uso pedagógico da lousa digital
associado a teoria dos estilos de aprendizagem. Revista Estilos de
Aprendizaje, nº4, Vol 4 octubre de 2009.Disponível em: <http://goo.gl/oPf0b>. Acesso em: 12/07/2012. – Nesse artigo
a lousa digital e tratada como um instrumento tecnológico interativo, que
possibilita a elaboração de atividades pedagógicas, associadas à Teoria dos
Estilos de Aprendizagem.
Por: ANTONIO, José Carlos. A Lousa Digital Interativa chegou! E agora?,Professor Digital.