domingo, 30 de março de 2014

MITOS FOLCLÓRICOS EM ANIMAÇÃO


Falar de folclore é sempre um prazer,ainda mais quando podemos apreciá-lo através de animação.Abaixo temos uns vídeos interessantes sobre mitos famosos como Boto,Iara, Curupira ,Matinta Perera que devem ser preservados,uma delícia!.Quem desejar saber mais, os endereços estão aí.Divirta-se!

MATINTA PERERA



IARA


                                
                                   
                                 
                                                             CURUPIRA



                                                                   BOTO
                                     
                               
                           
   https://www.youtube.com/watch?v=EgFPKjvnblI                              

sexta-feira, 28 de março de 2014

Encadernando com tecido

Para quem deseja dar um look diferente no caderno,eu achei essa postagem muito legal,simples e prática.Ainda não fiz,mas estou providenciando o material para fazer.Tenho umas ideias e acho que meu caderno de anotação vai ficar legal.


segunda-feira, 10 de março de 2014

INVADINDO NOSSA PRAIA

Com a invasão de heróis e vilões estrangeiros na cultura brasileira  importados pelo cinema,o que se vê é a total desvalorização de Mitos e Lendas da região amazônica.Boto,Iara,Curupira,Matinta Perera e tantos outros,que fazem parte da cultura popular da região Norte estão sendo substituídos pelo estrangeirismo.Halloween, Homem Aranha,Super Man, Homem de Ferro e toda uma cultura importada que se instalou no Brasil,ganha espaço na mídia e vira febre nacional.E se instala nas festas infantis,em salas de aulas,figurinos,em jogos eletrônicos e no imaginário das crianças, como parte da vivência cultural coletiva.

Como se não bastasse, a escola reforça a implantação desses mitos que se instalaram em nossa sociedade, alienando o educando,estimulando o consumismo,o modismo,esquecendo-se de que toda experiência educativa deve ser reflexiva, resultando em novos conhecimentos como argumenta o pensador John Dewey. Assim, valoriza-se a capacidade pensante do aluno,preparando-o para a realidade,valorizando-se enquanto ser humano, ser pensante no exercício da cidadania.

Quem são esses personagens importados que invadem nossas vidas?  O que temos a ver com eles?Que contribuição eles trazem para nossa cultura?Como fica o nosso folclore com a chegada deles?Estes e outros questionamentos,podem e devem ser investigados, debatidos,para que possamos ver com clareza o que está acontecendo com a cultura paraense e o que queremos ser. Indivíduos pensantes ou alienantes?

                           

Precisamos estar atentos para questionar e refletir sobre como descobrir, conduzir e trabalhar as diversas formas de expressão artística como a musical, verbal, plástica, corporal,teatral, optando pela desconstrução, construção, criação e interpretação dessas formas relacionadas ao folclore da Amazônia,conscientizado o aluno da importância da cultura popular, para que descobertas possam ser feitas a respeito de tal riqueza.O intuito é o de provocar mesmo,levando a reflexão acerca da invasão de mitos estrangeiros em nossa sociedade.É como diz o educador Paulo Freire,aluno e professor são sujeitos de um processo de descobrimento do conhecimento.Somos pesquisadores,eternos aprendizes de um sujeito chamado Conhecimento!
                                                  
O objetivo maior da educação é despertar a consciência crítica do aluno, principalmente, no que diz respeito aos mais desfavorecidos, levando-os a entender o por que de uma vivência oprimida, diante de uma sociedade capitalista e exclusivista, sem oportunidades igualitárias, que poderão ser revertidas em favor da própria libertação do indivíduo.Mas será que estamos pensando e agindo assim?

Enquanto educadores, podemos utilizar a via da Arte para incentivar o indivíduo a construir novos conhecimentos, refletindo e valorizando a cultura regional, através da pesquisa,desse fazer e acontecer,seja na escola,na internet ou em casa,contextualizando e socializando  o conhecimento. Assim,estimulamos a criticidade, a sensibilidade artística e a criatividade, dando oportunidade ao aluno,para que se sinta útil e capaz de realizar tais habilidades.


 Não devemos esquecer,que somos uma via de acesso entre o educando e conhecimento.Cabe a nós,despertar a consciência dessa garotada, não permitindo jamais que nossos valores culturais sejam desvirtuados, esquecidos ou substituídos  por preconceitos oriundos de uma época que não via o folclore,como expressão cultural tradicional,funcional,espontânea e coletiva que se estende praticamente a todos os campos da atividade humana.

Espero sinceramente,do fundo do coração que cada um possa deixar de lado o preconceito e se permita questionar e refletir,sobre a sua contribuição para com a cultura regional.Se ao final desse texto,você se sentir incomodado,ficarei contente,pois atingi o meu objetivo. Bjssss!
                                               V


terça-feira, 4 de março de 2014

MEU AMIGO O LIVRO

                                                                                                                                                         
Desde criança,minha relação com os livros é de boa.Quem conhece minha família deverá dizer:"também tua mãe era professora!"É,confesso que a professora de Matemática,Regina Coeli,teve grande influência para que eu gostasse de ler,mas outras figuras como Mirtiz,Elza e Mercedes,minhas professoras do ensino fundamental,são tão culpadas quanto minha mãe.Grandes mulheres,grandes educadoras!Eu gostava muito e gosto até hoje de sentir a textura do livro e de seu cheiro peculiar,principalmente se for novo.Hummm como é gostoso aquele cheirinho.Fecha os olhos e abre um pra sentir.Experimenta!

Acredito que além da escola -ser bem alfabetizado faz a diferença- a família tem um papel muito importante,pois pode contribuir para esse despertar da criança, proporcionando viagens inesquecíveis. Lembro que nossa casa da Alcindo Cacela,as vezes parecia uma creche,eram vizinhos,primos,parentes e aderentes,sem falar nos alunos da professora Regina,que embarcavam nas viagens do faz de contas.Minha mãe e  vovó Zica, produziam uma contação de histórias,que sinto saudade até hoje.A minha preferida era da Matinta Perera,contada por vó Zica,que vivenciou uma situação com a Matinta,em suas andanças pelo interior das Ilha das Onças,aqui  do outro lado da baia do Guajará.

Tínhamos livros espalhados por todos os lugares.Eles sempre fizeram parte do cenário daquela casa grande e antiga.Aprendi a gostar deles,ao ver minha mãe estudando,dando aulas e manuseando-os como se fossem únicos exemplares.Estrategicamente,haviam em casa os almanaques,gibis com personagens carismáticos como Tio Patinhas,Pato Donald, Fantasma,Luluzinha que com o tempo substituí pelos irmãos Griim,Monteiro Lobato e outros.

Um dia descobri numa estante velha,um livro grande que tinha umas figuras fantásticas,pareciam pinturas,eram verdadeiras obras de arte.Foi amor a primeira vista.Por muitos anos,"Grandes Mestres da Pintura" foi o meu preferido,sendo substituído posteriormente, por outros que tinham mais letras do que figuras.Toda prosa,lia tudo,até bula de remédio rsrsrs como leio até hoje,sabe como é... pra não perder o costume... rsrsrs. E assim, descobri Mário Quintana,Vinícius, Eneida de Moraes e tantos outros que fizeram  minha vida mais feliz!


Na década de 80 formada em Arte Educação,com o apoio de minha falecida mãe,abrimos o "Criança Feliz"para trabalhar com a pre-escola e aperfeiçoamos o método Regina.Usando a estratégia dos gibis em nova versão,com livro próprio,pintura e desenho,alfabetizamos muitas crianças,despertando nelas o gosto pela leitura.Era maravilhoso,ver nossos pequenos lendo e levando livros emprestados para casa.Não precisa dizer que com minhas filhas eu fiz o mesmo e novamente deu certo.

Atualmente,tenho 2 netos Arthur (5 anos) e Amelie (3anos) e a história se repete,agora com a presença da turma da Mônica e acredite se quiser,também com a utilização do livro "Visagens e Assombrações  de Belém",do querido Walcyr Monteiro(em sua 5ª edição)o preferido de meus netos.Eles ainda não sabem ler,mas adoram ficar na cama,ouvindo as histórias amazônicas, folheando e vendo livros que falam da nossa cultura.Tem momentos,em eles brigam pela posse do livro,com direito a choro e empurrão entre os dois,que esqueço que sou educadora e a avó aparece com a "psicologia do chicote" - como dizia meu querido mestre Neder Charone e tudo se resolve. 

Lendas e mitos como Matinta Perera,A Moça do Taxi, Procissão das Almas,A Porca do Reduto do livro de Walcyr,assim como outras que fazem parte do folclore amazônico, já são velhas conhecidas do Arthur e da Amelie,antes que você me pergunte se o livro está inteiro,respondo que está inteirinho da silva.

Como arte educadora,tenho o dever de valorizar nossos mitos e lendas,assim como escritores do nível de Walcyr Monteiro,Eliana Barriga,Juraci Siqueira,que através de seus talentos e amor pela cultura paraense,contribuem para que ela não seja esquecida e substituída por esses super-heróis do cinema que invadiram nossa praia, nossas escolas,mas isso é papo para outra postagem.

O manuseio é outro fator importante,que deve-se trabalhar com a criança,para que ela passe a cuidar,  preservar e se preciso for,até fazer uma simples restauração,afinal acidentes acontecem.Caso algum livro fique"dodói "precisando dos cuidados dessa gente miúda,não pense duas vezes,faça o restauro tendo a criança como "médico assistente".O livro agradece!


                           
                                                 Amelie é fã da Matinta Perera.

                             
                                  Ela chama  o irmão e na santa paz leem a mesma história.

  Tá tudo muito,tá tudo muito bem,mas de repente... Amelie chora e faz um escândalo.
Ela quer o livro, de preferência em outra página!!
                                                                                                         
                                                     
   
    Depois de uma choradeira de ambas as partes,ela fica com o livro.E ele "amuado".

Ma um sorriso convincente...
   
     
E a  vontade de interagir fala mais alto.

               Finalmente,os dois passam  a ver a mesma página,mas narração é da Amelie.


                                        O próximo episódio só Deus sabe!Bjssss.                                                                

                         
                                                                

TEATRO MODERNO E COMTEMPORÂNEO

 A FUNÇÃO SOCIAL DA ARTE
Luis Alberto Afonso  
                                                                           
A arte não parte de uma definição abstrata, lógica ou teórica do seu próprio conceito, mas se vale de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, dando certa dignidade aos objetos sobre os cai ela recai. Assim uma peça que pôde ser classificada como arte  séculos atrás  pode agora não sê-lo. Como aquelas que também mantêm seu valor artístico e ainda não sabemos descobrir o que delas nos apanha ou nos envolve.

O fato de possuir a arte um mundo com novos significados para o homem, significados afastados do real, faz com que o homem na procura de um mundo mais justo e mais compreensível fique perto dela. O homem quer ser mais do que apenas ele mesmo. Quer ser um homem total, ansiando uma “plenitude” de vida que lhe é burlada pela individualidade e todas as suas limitações. O homem anseia por absorver o mundo que o circunda, quer integrá-lo a si, quer unir na arte o seu “ EU” limitado, com uma existência humana coletiva e por tornar  social a sua individualidade.

A arte é meio indispensável para a união do indivíduo como um todo, reflete a infinita capacidade humana para a associação, para a circulação de experiências e idéias. O próprio Ernest Fischer faz questão de se perguntar se essa definição de arte não é um pouco romântica. Aqui poderíamos nos deter numa análise transversal do fato na construção da obra artística e o prazer que dita obra já concluída produz. O homem quando produz uma obra de arte, o faz de uma forma altamente consciente e racional e não de modo algum atravessando um estado embriagante ou afastado da realidade. Para conseguir ser um artista, é necessário, dominar, controlar e transformar, a experiência em memória, a memória em expressão, a matéria em forma.

Por esta razão o processo seguinte da apreciação da arte não pode ser o de completa abstração do ser humano, mantendo esse elemento “dionisíaco” de elevação e afastamento da realidade.

 Ela não pode ser também divertimento e satisfação com o qual o espectador não se  identifica e até se distancia do que está sendo apresentado?                                                                                        
As contradições dialéticas são inerentes à arte, pois ela não só precisa derivar de uma intensa experiência da realidade, como também precisa ser construída, precisa tomar forma através da subjetividade.
Durante a apreciação de uma obra de arte, os laços da vida são temporariamente desfeitos, pois a arte cativa diferente da realidade, e este  agradável e passageiro cativar artístico, constitui precisamente a natureza do divertimento, a natureza  daquele prazer que encontramos até nos trabalhos trágicos.

Se analisarmos Bertolt Brecht, no seu teatro militante, veremos nele a sua dialética, intrínseca na arte do fazer teatral, pois o homem deve ir ao teatro não só para se divertir ou para se elevar, mas para refletir frente aquilo que está assistindo. Deve, por um processo orgânico,nascer nele uma Natureza Crítica, capaz de se confrontar com o que está vendo e se perguntar como essa situação pode ser mudada e chegar a desenvolver um senso de opinião e de luta.

Carl Marx, nos seus análises, enxergou que na arte, historicamente condicionada por um estágio social  não desenvolvido, perdurava um momento de humanidade, e nisso Marx reconheceu o poder da arte de se sobrepor ao momento histórico e exercer um fascínio permanente. A razão de ser da arte nunca permanece inteiramente a mesma.

A função da arte, numa sociedade em que a luta de classes se aguça, difere ,em muitos aspectos, da função original da arte. No entanto, a despeito das situações sociais diferentes, há uma coisa na arte que expressa uma verdade permanente. E é essa coisa, que nos possibilita ficar comovidos com as pinturas pré-históricas das cavernas e com antigas e velhas canções.

É verdade que a função essencial da arte para uma classe destinada a transformar o mundo não é a de fazer mágica, e sim a de esclarecer e incitar  à ação, mas é igualmente verdade que um resíduo mágico na arte não pode ser inteiramente eliminado, já que sem este resíduo, que surge da natureza original a arte, deixa de ser arte. A arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o mundo. Mas a arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente.


                                                                                                  
A FUNÇÃO SOCIAL DO TEATRO 
Felipe Menezes

Antes de se falar sobre a função social do teatro é preciso primeiramente apontar, identificar os problemas sociais. A arte por si só tem sua função (responsabilidade) para com a sociedade, e cabe a própria arte apontar os vários caminhos para efetivar esse encontro.  

O teatro comercial tem a sua função para com o seu público com seu discurso tomado de ideologias implícitas e explicitas, para com seus consumidores de entretenimento. Em toda manifestação artística existe a chamada função social. É preciso estar atento, manter UM OLHAR CRÍTICO sobre sua realidade. Teatro é uma ação política – logo isso significa dizer que toda ação em teatro implica  numa reação (à) política.

Busca-se uma mudança social através da visão artística daqueles que fazem teatro. Essa mudança é processual, dependendo dos diversos fatores externos e internos.

Devemos nos perguntar: qual publico queremos atingir com nossas ações estética, éticas e políticas?

 É preciso estar indignado para se fazer teatro e estar amparado, conscientemente, da provocação que queremos lançar.

Foi dito que o teatro é o Oasis, porém, divergências nos impossibilitam de fecharmos respostas para perguntas como: o que seria de fato, esse Oasis? Ou onde está esse Oasis?

Pontuamos em nossa discussão que “ conteúdos libertadores tem o poder de transformar  os espectadores” em contraposição ao teatro digestivo ( é uma das inúmeras definições que Nelson Rodrigues usava para criticar um tipo de produção espetacular onde o carro chefe era o lucro e não o conteúdo do espetáculo) que tem em si um produto fechado, já acabado onde se atualizam as piadas.

Numa tentativa ingênua, porém arriscada, a função social do teatro é o desejo de provocar, causar pequenas REVOLUÇÕES  individuais.

“Teatro não é um lugar de recreio irresponsável. Não. É, antes, um pátio de expiação”. Nelson Rodrigues.

                                                                                                           
A FUNÇÃO SOCIAL DO TEATRO
Roberto Alvim

   Qual a função do teatro hoje? Qual o seu papel dentro da nossa comunidade? O que se espera dele, o que se espera ver quando se vai ao teatro?

Pensemos um pouco sobre isso (e pensar é difícil...) usando o exemplo concreto no próximo parágrafo como trampolim.

Está em cartaz até o final de julho no teatro Ziembinski (Rio) um espetáculo chamado BRASIL 2005 – 8 visões. Trata-se da reunião de 8 peças curta escritas por dramaturgos contemporâneos retratando suas visões da realidade brasileira. O texto abordou um aspecto do Brasil que lhe pareceu interessante ( violência, política, vida na classe media,  vida na classe alta, vida na classe baixa, policia, juventude, cada autor escreveu um textinho de 25 minutos a respeito.

O projeto é uma tentativa de levar questões mais urgentes para o nosso pais, para o nosso povo neste ano e discuti-las no palco. Foi inspirado em outro projeto semelhante realizado em 1970  A FEIRA BRASILEIRA DE OPINIÃO. Nessa, 10 autores, fizeram o mesmo, falando então do perigo da ditadura militar, clamando pela anistia dos presos políticos, pela abertura da redemocratização do Brasil etc.

Quais são as diferenças entre os dois projetos, isso pode nos ajudar a pensar  sobre a função social do teatro hoje?

Na época da ditadura, o Brasil não estava nos jornais. A mídia impressa e televisiva não podia dizer o que estava acontecendo, era censurada pelo governo militar.

Assim como o Teatro Oficina, o Teatro Opinião e o Teatro de Arena exerciam uma resistência feroz e corajosa expondo em cena o Brasil que a imprensa não podia divulgar. Teatro para se unir a essa atitude de resistência, para ver a verdade, para ver a nação brasileira – que estava apenas nos palcos, nos filmes, na MPB da época, mesmo disfarçada em metáforas de fácil compreensão para todos - que estavam irmanados na mesma luta e soterrados pela mesma repressão.                                                                                                                              
O povo brasileiro oprimido, o grito de liberdade, a indignação, isso as pessoas só encontravam no teatro e os estudantes, a classe média, os intelectuais, a inteligência brasileira da época toda  lá, vendo  o Brasil que não podia ser visto em outros lugares, discutindo as coisas que eram censuradas nos meios de comunicação de massa.
                          
Hoje vivemos uma situação exatamente inversa. A realidade brasileira está estampada todos os dias nos jornais. Nossos políticos, nossa corrupção, nossa vida, nossa miséria, tudo está exposto em fotos coloridas e manchetes garrafais. E todos nós, submetidos a uma over-exposição permanente de Brasil, através de revistas, da TV, rádio, jornal etc.

Pois bem, aí está talvez o que mais fortemente diferencia a função social do teatro brasileiro contemporâneo do quer feito na época da ditadura: nos anos 60/70 teatro para ver o Brasil não podia ser visto. Hoje, não há mais censura e a imprensa expõe continuamente a realidade e as questões do nosso pais, portanto, não se quer ir ao teatro para ver o Brasil! As pessoas estão saturadas de polícos Jeffersons, de escândalos, de CPIs, de violência urbana, de desigualdades.

Quando se vai ao teatro hoje, o que menos se quer é se deparar com denúncias, discussões acerca de iniqüidades. Prefere-se ver qualquer coisa: a relação mãe e filha na Suécia gelada de  Ingmar Bergman, as músicas e as danças dos famosos, musicais com  A bela e a Fera ...Qualquer coisa, contanto que não seja o Brasil contemporâneo, esse Brasil que vivemos e do qual estamos saturados.

 Portanto, caros amigos, se a função social do teatro no passado era engajar as pessoas nos problemas sociais brasileiros, hoje, graça asa nossas circunstâncias históricas, a função do teatro é proporcionar um escape, uma fuga (ainda que por uma hora de espetáculo) dos problemas sociais brasileiros. E agora, José?                                                                           


        

Recuperar os cabelos da Barbie também é cultura


Sabe aquela Barbie de estimação,que guardamos com carinho,cujos cabelos lembram mais uma Matinta Perera do que uma boneca?Pois é,alguém descobriu uma forma de salvar as madeixas da pobrezinha.Estou repassando o que encontrei em  Pink Doll um blog muito legal para colecionadores e admiradores da Barbie.Esse tutorial vai pra você que como eu,não deixou a criança que existe em você adormecer,afinal Barbie é Barbie. Bjsss!
O que é preciso:

- Um pedaço de papel filme;
- Água;
- Detergente;
- Amaciante de roupas;
- Escovinha de cabelo.

Tutorial 1 - Alisando os Cabelos

Fiz um tutorial ensinando como deixar o cabelo da Barbie sem marcas, sem volume e com brilho. Mas antes de começar vamos ler algumas instruções importantes:

-Eu estava com um pouco de receio em aplicar essa técnica em uma boneca da minha coleção, então comprei uma Barbie mais simples e barata para fazer um teste antes. Aconselho que vocês façam o mesmo.

-Essa técnica não deve ser utilizada em bonecas com cabelos cacheados, senão os cachos vão desmanchar e o cabelo ficará liso.

-Se a sua boneca possui algum tipo de mecanismo, luzes ou músicas, não aconselho o uso desse tutorial, uma vez que todo o sistema elétrico da boneca poderá ficar comprometido por conta da água. Agora vamos ao tutorial(clique nas imagens para ampliar):

1º Deixe a boneca nua e retire todos os acessórios (brincos, pulseiras, colares, anéis e etc.). Enrole papel filme no rosto da boneca (essa parte é opcional). Eu optei por colocar o papel filme no rosto porque essa Barbie tem um pouco de glitter na maquiagem e fiquei com medo que eles saíssem quando eu jogasse a água.

Papel filme no rosto para não estragar a maquiagem

2º Lave o cabelo com detergente neutro e depois enxágue em água corrente. Eu usei o detergente neutro da marca YPÊ.

Lavando com detergente + Enxaguando

3º Em uma vasilha coloque um pouco de água com amaciante de roupas, e deixe o cabelo da boneca de molho por alguns minutos. Depois penteie para desembaraçar.

Cabelos de molho no amaciante + Desembarançando

4º Enxágue para retirar o amaciante. Coloque a boneca em pé, penteie o cabelo deixando ele reto.

Enxaguando + Penteando

5º Coloque um pouco de água para esquentar e quando começar a formar bolhinhas no fundo da panela retire a água do fogo. Agora jogue a água quente no topo da cabeça da boneca. Essa é a etapa que vai garantir um cabelo liso e sem volume.
Depois jogue água gelada também no topo da cabeça para dar choque térmico, assim os cabelos vão ficar brilhantes.

Água quente + água fria

6º Por fim retire o papel filme do rosto e deixe a Barbie secando ao ar livre de um dia para o outro. O resultado final foi este:

Antes e Depois

Antes e Depois
http://s2pinkdoll.blogspot.com.br/2009/10/tutorial-1-alisando-os-cabelos.html



Tutorial 2 – Como fazer cachos

Nesse tutorial vou ensinar como fazer cachos no cabelo da Barbie. (clique nas imagens para ampliar).

Antes e Depois

Existem várias formas de cachear os cabelos, eu escolhi uma das técnicas mais fáceis para ensinar. Vamos ao tutorial:

1º Separe uma mecha de cabelo, molhe com um pouco de água (a minha dica é que você molhe as mechas aos poucos, uma a uma, se você molhar todo o cabelo da boneca ele vai embaraçar e ficará difícil separar) e depois coloque a mecha em cima de um pedaço de papel alumínio. 

Separe uma mecha de cabelo / Molhe e coloque no papel alumínio

2º Dobre as duas laterais do papel cobrindo totalmente a mecha de cabelo.

Dobre as duas laterais do papel

3º Pegue uma caneta, coloque na ponta do papel e vá enrolando até chegar à raiz do cabelo.

Com uma caneta enrole o cabelo até a raiz

4º Quando chegar na raiz puxe a caneta para o lado, assim ficará formado um rolinho.

Depois de enrolar até a raiz retire a caneta

5º Faça rolinhos iguais a esse em todo o cabelo da Barbie. Essa etapa do tutorial exige paciência, é um pouco complicado ficar fazendo rolinhos em todo o cabelo.

Faça rolinhos em todo cabelo

6º Depois que todo o cabelo estiver enrolado no papel alumínio coloque a boneca de cabeça para baixo em um recipiente com água quente por 1 minuto, em seguida coloque a boneca em um recipiente com água gelada por 1 minuto (para dar choque térmico). Repita esse procedimento mais uma vez na água quente e na água gelada. Agora é só deixar a boneca secando ao ar livre (Demora 1 ou 2 dias para o cabelo secar por completo).

Coloque na água quente e depois na água gelada

7º Quando o cabelo da boneca estiver completamente seco retire todos os papéis.

Quando o acbelo estiver seco retire os papéis

8º O cabelo ficará com cachos brilhantes e definidos.

Cabelos cacheados e brilhantes

9º Nessa etapa vamos começar a dar forma aos cachos, você pode ir soltando e arrumando os cabelos com os dedos ou então com o cabo de um pente. Em seguida enrole um pedaço de papel filme em volta da cabeça da boneca para que o cabelo fique mais ajeitado. O papel filme deve ser retirado após 1 dia.

Ajeite os cachos e enrole papel filme na cabeça da boneca

10º Retire o papel filme, e depois coloque algumas mini presilhas na ponta dos cachos para que eles fiquem um pouco mais soltos, depois de 5 horas retire as piranhas.

Retire o papel filme e coloque presilhas na ponta dos cachos

11º Por fim dê uma ajeitada nos cachos e aplique um spray fixador (laquê).

Por fim ajeite os cachos e aplique o fixador


Eu gostei do resultado, mas poderia ter ficado melhor. Achei um pouco difícil ajeitar os cachos, mas fora isso ficou bacana. Com essa técnica os cachos ficaram grandes e soltos, no final desse mês vou postar outro tutorial mais difícil ensinando como fazer cachos menores e mais definidos, aguardem.

http://s2pinkdoll.blogspot.com.br/2010/03/tutorial-2-como-fazer-cachos.html

Para conferir meu primeiro tutorial clique no linkhttp://s2pinkdoll.blogspot.com/2009/10/tutorial-1-alisando-os-cabelos.html

Tenha um dia pink!

A MORTE NÃO É NADA


A morte não é nada. 
Eu somente passei 
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, 
eu continuarei sendo.

Me deem o nome 
que vocês sempre me deram, 
falem comigo 
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo 
no mundo das criaturas, 
eu estou vivendo 
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene 
ou triste, continuem a rir 
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi, 
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo 
o que ela sempre significou, 
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora 
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora 
de suas vistas?

Eu não estou longe, 
apenas estou 
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.

Santo Agostinho


PAIS HERÓIS E MÃES RAINHAS DO LAR.



Texto de  Martha Medeiros

Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos.Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça.
 A rainha do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá prá implicar com a empregada. O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra? Fizeram 80 anos. Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso.
Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas. Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional.

Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam.Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu. Estão com manchas na pele. 

Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.É complicado aceitar que nossos heróis e rainhas já não estão no controle da situação. Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina. Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados se eles se atrapalham com o celular e ainda temos a cara-de-pau de corrigi-los quando usam expressões em desuso: calça de brim? frege? auto de praça?

Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi. Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais. É uma enrascada essa tal de passagem do tempo.


Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros, ainda mais quando os outros são papai e mamãe, nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.