Com a invasão de heróis e vilões estrangeiros na cultura brasileira importados pelo cinema,o que se vê é a total desvalorização de Mitos e Lendas da região amazônica.Boto,Iara,Curupira,Matinta Perera e tantos outros,que fazem parte da cultura popular da região Norte estão sendo substituídos pelo estrangeirismo.Halloween, Homem Aranha,Super Man, Homem de
Ferro e toda uma cultura importada que se instalou no Brasil,ganha espaço na
mídia e vira febre nacional.E se instala nas festas infantis,em salas de aulas,figurinos,em jogos
eletrônicos e no imaginário das crianças, como parte da
vivência cultural coletiva.
Como se não bastasse, a escola reforça a implantação desses mitos que se instalaram em nossa sociedade, alienando o educando,estimulando o consumismo,o modismo,esquecendo-se de que toda experiência educativa deve ser reflexiva, resultando em novos conhecimentos como argumenta o pensador John Dewey. Assim, valoriza-se a capacidade pensante do aluno,preparando-o para a realidade,valorizando-se enquanto ser humano, ser pensante no exercício da cidadania.
Quem são esses personagens importados que invadem nossas vidas? O que temos a ver com eles?Que contribuição eles trazem para nossa cultura?Como fica o nosso folclore com a chegada deles?Estes e outros questionamentos,podem e devem ser investigados, debatidos,para que possamos ver com clareza o que está acontecendo com a cultura paraense e o que queremos ser. Indivíduos pensantes ou alienantes?
O objetivo maior da educação é despertar a
consciência crítica do aluno, principalmente, no que diz respeito aos mais
desfavorecidos, levando-os a entender o por que de uma vivência oprimida,
diante de uma sociedade capitalista e exclusivista, sem oportunidades
igualitárias, que poderão ser revertidas em favor da própria libertação do
indivíduo.Mas será que estamos pensando e agindo assim?
Enquanto educadores, podemos utilizar a via da Arte para incentivar o indivíduo a construir novos conhecimentos, refletindo e valorizando a cultura regional, através da pesquisa,desse fazer e acontecer,seja na escola,na internet ou em casa,contextualizando e socializando o conhecimento. Assim,estimulamos a criticidade, a sensibilidade artística e a criatividade, dando oportunidade ao aluno,para que se sinta útil e capaz de realizar tais habilidades.
Não devemos esquecer,que somos uma via de acesso entre o educando e conhecimento.Cabe a nós,despertar a consciência dessa garotada, não permitindo jamais que nossos valores culturais sejam desvirtuados, esquecidos ou substituídos por preconceitos oriundos de uma época que não via o folclore,como expressão cultural tradicional,funcional,espontânea e coletiva que se estende praticamente a todos os campos da atividade humana.
Espero sinceramente,do fundo do coração que cada um possa deixar de lado o preconceito e se permita questionar e refletir,sobre a sua contribuição para com a cultura regional.Se ao final desse texto,você se sentir incomodado,ficarei contente,pois atingi o meu objetivo. Bjssss!
V
Nenhum comentário:
Postar um comentário