domingo, 22 de maio de 2016

O outro lado da genialidade

A alma do artista é uma icógnita. Sensíveis, enigmáticos, loucos, apaixonantes, gênios ou outra denominação que queiramos dar,o artista vive sua existência em constante ebulição.Em alguns a melancolia tem uma influência decisiva, trazendo como resultado inusitadas performances,que só através da arte se permite aflorar .O resultado desse processo é o legado de uma produção artística fantástica,como podemos ver nas obras de Salvador Dali,Álvares de Azevedo e outros.Abaixo uma parte do texto de Bruno Ináciopublicado em Artes e ideias que encontrei na internet sobre algumas celebridades que vale a pena conferir.

Muitas vezes a genialidade parece caminhar lado a lado com distúrbios psiquiátricos. Vários seres humanos notáveis – de diversas gerações – apresentaram o que culturalmente é chamado de loucura. Outros são absurdamente tristes, como é o caso de diversas personalidades notáveis dentro de todas as artes. Um breve relato sobre alguns deles demonstra o impacto da tristeza na arte e vida destas pessoas.


                                                Álvares de Azevedo
Dentre os poetas ultra-românticos, quase todos poderiam ter sido citados como exemplos de tristeza, porém o selecionado para este texto foi o brasileiro Álvares de Azevedo. Após ser diagnosticado com tuberculose, o poeta sabia que morreria em breve, então desenvolveu uma profunda obsessão pela morte. Passou a escrever sobre ela e sobre o seu desencanto pela vida, deixando claro em alguns de seus poemas que gostaria de morrer logo.



                                                          Van Gogh
O pintor Vincent Van Gogh é outro claro exemplo de tristeza. Ele, inclusive, decidiu se dedicar à arte porque acreditava que suas obras poderiam livrá-lo da melancolia que há tanto tempo sentia. Apesar de ter gerado obras geniais, a pintura parece não ter dado o resultado que Van Gogh esperava. Após uma vida repleta de fracassos, o pintor ficou bastante perturbado e chegou a arrancar parte da própria orelha. À beira da loucura, ele se matou aos 37 anos de idade.
         


                                                              Picasso
Embora não tenha uma vida triste em sua totalidade, como Van Gogh, o espanhol Pablo Picasso teve vários momentos de melancolia, que refletiram diretamente em suas pinturas e poesias. Em determinada fase de sua carreira, tomado pela dor da perda do amigo Carlos Casagemas, que se matou, o pintor passou a pintar quadros visivelmente mais tristes e com grande carga emocional. Há também o famoso mural Guernica, que expressa a tristeza de Picasso diante da brutalidade da Guerra Civil Espanhola.



                                                               Salvador Dalí
O que abalou Salvador Dalí também foi uma morte. Apesar de ter sido expulso do movimento surrealista por questões políticas, o artista teve uma vida sem grandes desilusões, até que em 1982 a sua esposa morreu. Depois disso, o pintor entrou em uma profunda depressão, que fez com ele parasse de pintar e até se recusasse a fazer as suas refeições diárias. Dois anos depois, ele tentou se matar, ao colocar fogo em seu quarto. O pintor passou a receber cuidados de seus amigos e faleceu em 1989, vítima de uma pneumonia e parada cardíaca.


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